Gabriela

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Dei-lhe comida,

Dei-lhe minha vida

Um manto de amor

Mas tive apenas dor...

Vai, vento à Gabriela contar

Que tudo que sempre tive

Foi vontade de amar...

Os seus braços morenos

A sua boca de vidro

A sua graça infantil...

E o seu jeito gentil

Vai á folha verde

Á arvore firme

à cachoeira fria

desse jeito até a Bahia

E diga a gabriela

Que ainda a quero

Minha....

Vai vento, barra-vento

Com suas pernas de veludo

Com sua gritaria e diga a gabriela

Que eu vou á bahia e vou

Casar com sua alegria

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O sopro perdido

De uma criança

Que ainda esconde

O choro morno

A cozinha suja

O barco vazio

O mar parado

E a estrada se

Afunilando no

No fim da serra...

Vejo dançando

Essa moça de salvador

De febre e azeite..

Olhos tão claros

Que me alumia

De bondade....

Se me chamar,

Eu vou, se me

Querer eu vou...

Porque aqui,

Não se vê amor...