Sem título, sem paciência

Sem título, sem paciência

(...)

Me irrito

com a maioria

dos passos do baile

de máscaras

atrás d"a vida é assim"

e aqui grito

(...)[2]

Alarde:

trocaram as letras do

Alaúde

a vida

virou

pida

socorro

(...)[3]

Esparsos:

são gritos

pedindo aos pitos

aos patos

que tapem

os própios bicos

os próprios braços

eu brigo

enquanto me calo

(...)[4]

Com o P.H.D.:

Bons risos

na testa

os avisos

"Pelo hípico daqui

piadas há demais"

(...)[5]

Viajo tanto

que me perco

eu acho

(...)[6]

A censura, muito -corta-

a liberdade de expressar

nosso -cortado-

e também o -censurado-

já esquecido

mas sempre lembrado

paradoxado

(...)[7]

O protesto: sou um bicho

testo a testa

com o lixo

e carcomo o manifesto

eu presto!

(...)[8]

Se há escrito hoje um livro

me livro

mim livro

eu livro

livro eu

amanhã

livro dos vermes

(...)[9]

Encerramento:

podem cerrar

as cortinas

os olhos

as portas

e as sinas

(não me importa)

mas serrar

nem pensar

("finitas já!")

Dija Darkdija

Dija Darkdija
Enviado por Dija Darkdija em 16/09/2012
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