Chuvas são pérolas quebradas

Às vezes abraços e beijos são apenas tipos de feitiços

Como as nuvens negras que querem dividir

O amanhecer do entardecer numa linha rubra de saudades

Um sorriso diz tudo e o silêncio revela ao mundo que você é inocente

Um poema é como uma espada, um escudo e um tridente.

As chuvas grossas são pérolas esqueci-me de lhe contar

Um segredo tão sincero, bebemos do sereno então para comemorar.

Chuvas são pérolas, pérolas quebradas,

E lágrimas são águas, e águas são molhadas.

Caem do pescoço grisalho da manhã

E o orvalho beija o chão, como dois amantes pagãos.

E no instante em que fechas os olhos, castanhos estão,

Mas quando os abre verdes estão e isso é coisa rara,

Uma leve magia que às vezes é tosca e às vezes é exata, porém rara.

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 16/09/2012
Código do texto: T3884139
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