SALVEMOS AS BALATEIRAS!
SALVEMOS AS BALATEIRAS!
Chego a casa sem conforto,
Tão cansado que estou torto.
Na teve o maldito noticiário.
Quero o boxe que é meu relicário.
A bela índia fala da balata,
Da balateira sumindo na mata;
Ao fundo o rio corre em cascata,
Fala de contrabando e de pirata.
Saio do banho mais dolorido,
O peso do dia me deixa oprimido.
A palavra da índia ecoa na mente,
Bata, gata, nata o som é recorrente.
Minha mente até parece acrobata,
No lampejo vem à palavra, “balata”.
Dicionário na mão, látex de árvore tropical.
Encontrada no norte do meu país natal.
Balata extraída da árvore Balateira;
Látex superior ao da seringueira.
Os índios usavam este látex como enfeite,
O branco comercializou-o para seu deleite.
Na Amazônia veio à exploração da madeira,
Também surgiram pastos de toda maneira,
Animais, árvores e índios sumiram do estado.
A bela quer que a natureza ainda seja um legado.
Não prestei atenção no tal projeto,
Nem sei se o congresso fez um decreto.
Faço a minha parte como trovador,
Conto o que aprendi com amor.
Temos que defender a nossa natureza,
Afinal aqui é nossa casa e é tanta beleza.
Vamos salvar da joaninha a balateira,
Senão a humanidade acabará na caixa de madeira!
André Zanarella 16-01-2012