Mania

Calou-se a alma

Cativo é o anseio deste estúpido coração

Que se ausentou da rota o alienado navegante

Tempestade recuou humilhada para as nuvens

Havia mais lágrimas do que se podia imaginar

Que mania é esta de tais sentires

Que me faz navegar entre todos os começos

E em todos os fins

Que me vira do direito para o avesso

Qual um barco navegando sem rumo

Toda ela desfigurada em amor e dor

Guardada... Na minha essência além da vida?

Esta força, que vem do meu peito e que ameaça explodir

Que viaja em caminhos desconhecidos entre

a alma e a desventura...

... Que mania é esta que experimento

Legado da palavra saudade marcada

em meu peito em dias de nostalgia...

Naveguei no mar na busca de uma incontida ansiedade

Cujas ondas tragaram minhas dores e meus devaneios

Levando-as para um porto muito distante

Inalcançável...

Ah! Mania que trago de buscar o amor...

E não encontro nada...

Agora não há mais emoção

Simplesmente o vazio... Já não há mais o que se faça amar

já não há mais promessas... Nem sonhos de amor

A viagem acabou!