Espírito Embriagado
Eu financio cada arrepio da minha pele,
telepatia, antipatia, sociopatia dos sentidos,
todos provocados pelo meu projeto inquieto,
alfabeto completo de substantivos revoltos.
Eu desafio e precipito um vulcão de versos,
a primavera do meu domínio emocionado,
e arqueado nas vértebras insustentáveis,
o corpo sofre o peso do espírito embriagado.
Eu sacio cada palavra proferida e desviada,
os surtos convenientes, insultos dos afetos,
rebelião detonada da adrenalina adocicada,
os anticorpos da loucura ou da conspiração.
Essa é a introversão da minha tendência,
fina demência, forte castigo, ora inimigo,
perigo infinito, ora leve cicatriz de infância,
agora sem pranto, mas com o encanto de ser.