Espírito Embriagado

Eu financio cada arrepio da minha pele,

telepatia, antipatia, sociopatia dos sentidos,

todos provocados pelo meu projeto inquieto,

alfabeto completo de substantivos revoltos.

Eu desafio e precipito um vulcão de versos,

a primavera do meu domínio emocionado,

e arqueado nas vértebras insustentáveis,

o corpo sofre o peso do espírito embriagado.

Eu sacio cada palavra proferida e desviada,

os surtos convenientes, insultos dos afetos,

rebelião detonada da adrenalina adocicada,

os anticorpos da loucura ou da conspiração.

Essa é a introversão da minha tendência,

fina demência, forte castigo, ora inimigo,

perigo infinito, ora leve cicatriz de infância,

agora sem pranto, mas com o encanto de ser.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 15/09/2012
Reeditado em 15/09/2012
Código do texto: T3882945
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