Sonetando

Meu violãocelo está em pranto

Cantando desafinou e os aplausos cessou,

Às estrelas agora dormem se luar;

Nossas claves fugiram pelo ar.

Muito além de notas e partituras

É a extração do melhor de mim,

Um refúgio de serene conforto,

Sinfonias e melodias sem fim.

Mas não deixarei que se vá

Pois tu não vêm de lojas

Vem de um campo aonde homens não vão.

Chega,mesmo que só resta carcaça,

Mesmo que as velhas facetas se perderam

Ainda somos aquela velha dupla semelhante a braços e mãos.

Renato Narciso
Enviado por Renato Narciso em 13/09/2012
Reeditado em 11/05/2013
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