Das pedras ao cais...
Das pedras ao cais...
Pedras cortantes pelo caminho
Cerraram sonhos o meu destino
Sem cores duras machucaram
Em lagrimas tristeza maltrataram
Pedras pequenas se tornaram imensas
Me deixaram poeira sem defesas
Achei que o sol havia se escondido
E que em escuridão tenha suprimido
Felicidade amor paixão
Enganei-me só eram nuvens densas furacão
Ao longe arco- íris me aguardava
Com cores fosforescentes pintava
Uma vida de surpresas incontáveis
Havia um anjo de sentimentos inabaláveis
Deixei as pedras se desgastarem
Com o tempo virarem apenas miragem
Encontrei o canto que ouvia
A voz que sozinha me envolvia
Trouxe redenção da solidão
Vazia da tristeza trasbordei o coração
De amor poesia paixão...
Passaram –se o tempo dos “ais”
Encontrei meu porto meu cais.
Valéria lopes