Meus Vampiros

Provoque o riso mesmo falso,

invoque feliz o meu sudário,

choque as gemas hoje livres,

ande na geografia do meu propósito.

Assalte o centavo de cada depósito,

invente o meu óbito no calor do corpo,

libere as aves vampiras do meu medo,

aspire o bafo da morte, o chorume da rosa,

pois, quem nasceu ontem já dormiu uma noite,

e provou do risco neutro do sonhar.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 11/09/2012
Reeditado em 11/09/2012
Código do texto: T3877296
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