Gélido

A voz rouca de um personagem

Aguça os meus ouvidos,

Resquícios.

Seu olhar encanta a mente

Afia minhas retinas

Despidas

Seu sopro, tão suave e mal

Inflama minhas narinas

Vagas, Finas.

A mentira mais bem contada

Pelos seus olhos negros

E gélidos,

Anto do sossego.

Sopros frios da alvorada

Meia noite, um Morcego

Tão Gélido,

Sem medo.

É como um titã Frio

Que não existe,

Ele traz paz aos motivos.

É como um vento esguio

Que não desiste.

Ele traz paz aos motivos.

Na verdade, se notar, é um espelho

É um personagem, Heterônimo,

Ele é apenas um Eu anônimo.

Realismo de um desejo.

Na verdade, se notar, ele é frio

Por que há bondade na solidão

Voz rouca, Olhos negros, sopro suave...

Meu coração.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 11/09/2012
Código do texto: T3875731
Classificação de conteúdo: seguro