Falácia
E tudo que nos cerca é falácia
O canto, o beijo e o bater das asas
As juras, os sonhos e até o tempo
Tudo irreal de abstrato não passa.
Mas nos chega um contentamento
A cada dia que se rechaça
Ante a negridão silente,
A liberdade na arruaça,
Os sorrisos fáceis
Embebidos na cachaça.
Rio de Janeiro, 17 de maio de 2012.