Minha solidão diária

Amor vem, cabeça voa

suor escorre, a boca seca

os pés seguem à toa

O vadio chora e o santo peca.

O sangue pinga na torneira

por causa duma navalha cega

o calmo perde a estribeira

e o réu confesso, nega

o diabo sobe à terra

o anjo vai pro inferno

o sábio, a conta erra

e faz calor em pleno inverno

A prostituta reza à Deus

a virgem se toca solitária

teus pecados, faço meus

na minha solidão diária

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 10/09/2012
Reeditado em 10/09/2012
Código do texto: T3875409
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