Amor

Vou espalhar nos meus livros,

que o amor precisa amar...

para acontecer absoluto.

Amor que se esconde sob versos,

subversivo para tentar mostrar-se;

transparente na leitura em voz alta.

Amor deve ser romanesco e libidinoso,

ao mesmo tempo e em doses maciças.

Amor deve ser recitado ao pé do ouvido.

Amor é fácil amante quando amado.

Amor precisa ser perseverante,

precisa cultivar respeito na janela.

O amor está no silêncio do olhar,

nos encontros, nas vontades;

está nas línguas malabaristas.

O amor é um monge copista,

amor é desregrado, é dedicado;

amor é plural, é um trovador lunático.

Vou espalhar que o amor é vivo,

que esse amor salvou a poesia.

...e o dia nasceu sorrindo...

Felipe Melo
Enviado por Felipe Melo em 10/02/2005
Código do texto: T3874