Amor
Vou espalhar nos meus livros,
que o amor precisa amar...
para acontecer absoluto.
Amor que se esconde sob versos,
subversivo para tentar mostrar-se;
transparente na leitura em voz alta.
Amor deve ser romanesco e libidinoso,
ao mesmo tempo e em doses maciças.
Amor deve ser recitado ao pé do ouvido.
Amor é fácil amante quando amado.
Amor precisa ser perseverante,
precisa cultivar respeito na janela.
O amor está no silêncio do olhar,
nos encontros, nas vontades;
está nas línguas malabaristas.
O amor é um monge copista,
amor é desregrado, é dedicado;
amor é plural, é um trovador lunático.
Vou espalhar que o amor é vivo,
que esse amor salvou a poesia.
...e o dia nasceu sorrindo...