BREU
fez o silêncio!
uma nuvem negra passou
ninguém sorria
nada amanhecia
e eu mais perto do dia
o espantalho de folhas secas
de uma antiga unha-de-gato
fazia caretas
mudava de formas
assustava
silêncio incolor
do dia da criação
negrume calado
isento de dor
um momento parado
agora é breu
somente ele
e eu