Trincado de Amor
Arranque do braço um abraço quente,
deixe no chão o beijo que caiu da boca,
retire do coração a oportunidade da flecha,
amor não se usina, não é a urina de cada dia.
Estanque do acaso seu ocaso, e pequeno,
esculture no ápice a emoção remodelada,
reimplante, portanto, seu retrato amarelo,
reposte o sorriso do infante trincado de amor.
E o beijo na terra chamará a emoção de volta,
rebrotarão dos ovos novas criaturas em encanto,
e perdido no final dos versos, passos da revolta,
terão pisado, pesados na versão dessa anomalia.