Trincado de Amor

Arranque do braço um abraço quente,

deixe no chão o beijo que caiu da boca,

retire do coração a oportunidade da flecha,

amor não se usina, não é a urina de cada dia.

Estanque do acaso seu ocaso, e pequeno,

esculture no ápice a emoção remodelada,

reimplante, portanto, seu retrato amarelo,

reposte o sorriso do infante trincado de amor.

E o beijo na terra chamará a emoção de volta,

rebrotarão dos ovos novas criaturas em encanto,

e perdido no final dos versos, passos da revolta,

terão pisado, pesados na versão dessa anomalia.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 08/09/2012
Código do texto: T3871234
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