Toques...
A canção toca os ouvidos,
toca o coração,
toca a lembrança.
Lembranças que estão
afujentadas em uma toca,
presa, livre.
Já nem me toco mais,
que nem sei do que lembro,
do bem que houve.
Toco o coração só,
para tentar lembrar
do que não ocorreu.
Invento o sentimento
que o vento carregou,
sem ter o que carregar.
E no fim das contas,
em um toque de recolher,
acabei me lembrando.
Me lembrei daquele,
daquele encontro imaginário
que era pra ser.
Que como num toque de mágica,
acabou com o amor,
e acabou com esse poema.