Barquinhos de papel

Navegando por entre barquinhos de papel,

dei-me conta que o leme não me obedecia

e eu ia de encontro aos recifes de um quintal chuvoso.

Olhava e não via terra à vista.

Só os pingos da chuva caiam-me defronte

e eu vislumbrava torrentes de água da tempestade.

Quando eu era de um desses barquinhos o capitão,

já não tinha mais idade para fazer barquinhos de papel,

mas tinha amadurecido para singrar pelos mares

Foi o que fiz.

Encimei-me na proa e pus-me a navegar

quando chovia no quintal

Quando não, eu deixava as cartas náuticas

falarem mais alto

e punha-me a escrever estes versos...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 07/09/2012
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