Superficial ................................
É bem verdade que essas noções parecem bastante abstratas e austeras hoje, numa época em que o ter e o aparentar erigem-se como dogmas e em que tudo parece basear-se na aparência, no superficial, na ilusão. É como se em nossos dias a felicidade se resumisse em querer sempre mais: mais dinheiro, mais reconhecimento, mais tempo, mais férias, mais tudo...
De repente, todas as contrariedades, as preocupações financeiras e os mil pequenos dissabores diários que pontuam nossas existências parecem-nos obstáculos para a felicidade. De um lado insuficiência de bens, de outro lado excesso de aborrecimentos. Exigimos cada vez mais, colocamos cada vez mais condições...
A felicidade, graças a Deus, não é tão exigente quanto nós. Ela se contenta com pouco. É uma grande silenciosa que só se manifesta na quietude e nas pequenas coisas. É um raio de sol que se insinua pelo vão de uma porta, é um livro aberto, uma xícara de café bem quente, são os garotos que brincam e riem na rua, é abrir os olhos e olhar. É estar presente.
Simplesmente presente. Em harmonia consigo mesmo.