Sem cais...

é da maldade, só da maldade

o rito de deboche claro, límpido

a sangrar do dia sol e nuvens

e desses carmins secos

vertidos em pétalas verdes

vestem-se olhos e tez

de um amargo córrego

a percorrer vias e veias

lambendo da carne, a vida

se houve dor, foi pequena

sempre pequena, inferior

flor ainda tenra, ainda aceno

há na maldade um mais, tentáculos

que seguem, impedem palavras

trancam letras, costuram passos

e pedem e colhem de uma dor,

futura dor, flor madura em ais

lágrimas e lágrimas sem cais...

Almma
Enviado por Almma em 07/09/2012
Código do texto: T3869475
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