Sem cais...
é da maldade, só da maldade
o rito de deboche claro, límpido
a sangrar do dia sol e nuvens
e desses carmins secos
vertidos em pétalas verdes
vestem-se olhos e tez
de um amargo córrego
a percorrer vias e veias
lambendo da carne, a vida
se houve dor, foi pequena
sempre pequena, inferior
flor ainda tenra, ainda aceno
há na maldade um mais, tentáculos
que seguem, impedem palavras
trancam letras, costuram passos
e pedem e colhem de uma dor,
futura dor, flor madura em ais
lágrimas e lágrimas sem cais...