Segredos
Há um manancial de merenda acústica
Que o ouvido humano capta mesmo sem querer,
Na rua, nos bares, nos ônibus... e diante da TV,
É o tal do fuxico que a nossas aurículas cutuca.
Os mais variados temas bailam como informações
E o sigilo alheio transforma-se em manchete de rotina.
O que era segredo veicula-se em cada esquina
E o povo adormece e desperta vivenciando sensações.
Não há confidência que encontre cofre seguro
Por mais que o libido divulgue no escuro
A notícia que deveria manter-se entre sete chaves...
O particular jamais deve ser compartilhado,
É algo sublime que necessita de ser guardado
A fim de que não se torne reportagem e se espalhe!