Segredos

Há um manancial de merenda acústica

Que o ouvido humano capta mesmo sem querer,

Na rua, nos bares, nos ônibus... e diante da TV,

É o tal do fuxico que a nossas aurículas cutuca.

Os mais variados temas bailam como informações

E o sigilo alheio transforma-se em manchete de rotina.

O que era segredo veicula-se em cada esquina

E o povo adormece e desperta vivenciando sensações.

Não há confidência que encontre cofre seguro

Por mais que o libido divulgue no escuro

A notícia que deveria manter-se entre sete chaves...

O particular jamais deve ser compartilhado,

É algo sublime que necessita de ser guardado

A fim de que não se torne reportagem e se espalhe!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 07/09/2012
Código do texto: T3869312
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