Trombas-d’água

Desci as escadas d’um rio...

Num barco — fui navegar...

Nu’a noite escura — deu frio...

— Ao ver as ondas do mar!

Não sei se estava a sonhar,

No meio das trombas-d’água!...

Co’ o vento — cheio de mágoa,

Erguendo as ondas do mar!

O vento era um só gemido,

Num açoite incomensurável...

Zumbindo, tão ressentido,

Deveras — incontrolável!

Foi um abalo insuportável,

Debaixo da carga-d’água!...

Em meio à procela e bágua,

Num assombro inexpugnável!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 06/09/2012
Reeditado em 08/12/2014
Código do texto: T3868833
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