Destino
Destino
Com sua voracidade destrói, manipula meus sonhos;
Desobedece a regras, desconhece sentimentos, foge da realidade;
Cultiva no presente, destrói no passado, não restaura no futuro;
Leva-me à loucura, liberta-me dessa insônia;
Destruidor de Impérios, fugitivo das batalhas, preferido das epopéias;
Deixe-me aqui nos braços de minha amada, não é minha essa armada;
Hoje! Levas-me para aquela metrópole; amanhã para uma necrópole;
Há tantos, por que eu!? O campo me dará um fruto em breve;
E o tempo, seu amigo, não estagnará minha volta. Queres me privar dessa alegria?!
Destino cruel o retorno é improvável, cuidas do aquecimento e livra-me do sofrimento;
O primogênito não sobreviverá com esse, seu amigo, mal-tempo;
Oh! Destino! Já pedi a intercessão da Santa Inércia, está ocupada com os movimentos terrestres;
Sempre lutei contra ti e ganhei minha amada, agora inconformado queres minha morte à armada!?
Sábio e obediente ir-te-ei enfrentar. Oh! Destino acabará com os sonhos de muitos para poucos agradar;
Destino elitista compactua com os poderosos, pai de órfãos, alicerce capitalista;
Esperanças dos ociosos;
Destino, Destino, perseguidores dos homens, alegria e tristeza das mulheres;
Justiceiro da natureza, pacificador do tempo;
Tempo, Tempo, possuidor de vários destinos um dia eis de pára;
Cumprir-te-ei o meu, não fugirei, chorar-te-ei, alegrar-te-ei o meu regresso;
Meu fruto me espera, a guerra acabara; carnificina, genocídios, tudo isso;
Graças a você cruel Destino!
Espero que com o tempo o destino seja melhor;
Enquanto existir vida, haverá tempo;
Enquanto existir tempo, haverá vida. Entretanto o planeta não tem muito tempo;
Rápido homem! Construa seu próprio Destino!