[Exceto o Amor...?]

A flor entre flores,

tombada, enfim!

Ciclo cumprido,

exauridas carências,

a seiva faltante —

ah, a resignação

que tanto me falta!

Quando te deixei ir,

olhei em meus olhos...

São os meus olhos,

só os meus olhos...

Condenam-me sempre,

nunca me salvam!

Agora, caminho só...

O vento insiste;

geme lonjuras

na pedra molhada

da minha face!

Contemplo a tarde,

ouço aquela flor,

e morro com ela...

Morro, pois afinal,

tudo só acontece

uma única vez.

[Exceto...?]

A esta hora,

viajas longe,

bem longe

— sem mim!

Torno a pensar,

e não entendo

por que aquela flor

tombou, enfim...

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[Desterro, 06 de setembro de 2012]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 06/09/2012
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