A Batalha das Rosas*
Preso à minha classe e a algumas roupas, / Vou de branco pela rua cinzenta./ Melancolias, mercadorias espreitam-me. / Devo seguir até o enjôo? (Drumond, A Flor e a Náusea)
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No passado, vibrei...
A rosa moderna do povo perpassou
As fores parnasianas do mal;
Hoje, calo-me...
Apenas observo tudo que se disfarça em telas
digitais de mentiras (in)sensíveis;
Amanha, ausentar-me-ei...
Não verei mais a batalha das rosas
Investindo sobre as convenções morais
Sem Carlos, Sem Charles...
Sobrarão apenas antigos imberbes
Chorando a ausência das flores...
(Poetasdopiaui)