O que me entristece é não ter o que dizer.
É não saber. Não querer. Não temer. Não poder.
É ter de viver este silêncio que nunca quis fazer,
É ter de entender dessas distâncias que não quis escolher,
É a amargura de sempre que só a solidão é que vem trazer.
O que me atormenta é essa angústia de não perceber
Que não vale nunca a pena não ser capaz de esquecer.
E me angustia sempre ser capaz de me entristecer
Por causa de tudo aquilo que o mundo não quer ver.
E ser poeta é, muitas vezes, ser capaz de ver
A beleza que o mundo não quer entender
E o horror que inutilmente tenta esconder.
As coisas belas que ainda nem existem,
Coisas tão belas que nunca vão existir
E todos aqueles tolos sonhos já sem porvir
Dos horrores mundanos que ainda persistem.
E assim é a minha poesia, como ela deve ser: triste,
Feita para essa gente que não aprendeu a sorrir,
Que vive num lugar onde a paz ainda não existe
E onde todo o amor em vão ainda luta para existir...
É não saber. Não querer. Não temer. Não poder.
É ter de viver este silêncio que nunca quis fazer,
É ter de entender dessas distâncias que não quis escolher,
É a amargura de sempre que só a solidão é que vem trazer.
O que me atormenta é essa angústia de não perceber
Que não vale nunca a pena não ser capaz de esquecer.
E me angustia sempre ser capaz de me entristecer
Por causa de tudo aquilo que o mundo não quer ver.
E ser poeta é, muitas vezes, ser capaz de ver
A beleza que o mundo não quer entender
E o horror que inutilmente tenta esconder.
As coisas belas que ainda nem existem,
Coisas tão belas que nunca vão existir
E todos aqueles tolos sonhos já sem porvir
Dos horrores mundanos que ainda persistem.
E assim é a minha poesia, como ela deve ser: triste,
Feita para essa gente que não aprendeu a sorrir,
Que vive num lugar onde a paz ainda não existe
E onde todo o amor em vão ainda luta para existir...