Terra sem chuva!
Atirando a esmo para ver-se livre,
Estourar as inconveniências da vez,
Criadas ao próprio gosto & sede,
Crendo que sempre é culpa dos outros,
Rebobinando falácias & atitudes,
Paradeiro indistinto sob suas rendas,
Aflige com perspectiva de gozo pleno,
Escamoteia-se em teias difusas & áridas,
Toca a vez pela outra sem perguntar,
No franzir do cenho, mais remontes,
Uma folia fora do contexto como resto,
A mão que ajuda, só pedras recebe,
Não deve mesmo esperar por muito,
De quem deixa bem claro o pouco que oferece,
Quando o retorno é próximo, igual a zero,
Fumaça dispersa escapando pelas frestas,
Sacola boiando na enxurrada azeda,
Depois do cáustico lapidar do dia corrido,
Pouca imagem do negativo tão velado,
Tintura cínica para uma terra seca!
Peixão89