Terra sem chuva!

Atirando a esmo para ver-se livre,

Estourar as inconveniências da vez,

Criadas ao próprio gosto & sede,

Crendo que sempre é culpa dos outros,

Rebobinando falácias & atitudes,

Paradeiro indistinto sob suas rendas,

Aflige com perspectiva de gozo pleno,

Escamoteia-se em teias difusas & áridas,

Toca a vez pela outra sem perguntar,

No franzir do cenho, mais remontes,

Uma folia fora do contexto como resto,

A mão que ajuda, só pedras recebe,

Não deve mesmo esperar por muito,

De quem deixa bem claro o pouco que oferece,

Quando o retorno é próximo, igual a zero,

Fumaça dispersa escapando pelas frestas,

Sacola boiando na enxurrada azeda,

Depois do cáustico lapidar do dia corrido,

Pouca imagem do negativo tão velado,

Tintura cínica para uma terra seca!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 19/02/2007
Reeditado em 01/03/2007
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