Ciência Cognitiva
Reúne, algumas porções do conhecimento para,
Empenhar-se em explicar e modelizar a mente e, da mente,
O pensamento, olvidando a consciência, o afeto e a vontade.
A Psicologia comparece com os processos mentais e comportamentais.
A Lingüística, com a forma e o conteúdo da comunicação superior.
A Antropologia, com a história de um sistema dinâmico
Que se molda a parâmetros.
A Filosofia com a Lógica, a Epistemologia e a Filosofia da Ciência.
A Matemática e a Física com noções de computação,
Stricto e lato sensu, de formalização e interpretação, com a
Mecânica Estatística, que lida com fenômenos interativos e complexos,
Com a Teoria de Sistemas Dinâmicos, que instrumentaliza
O tratamento de, Sistemas que tenham evolução no tempo,
Quando com variáveis bem determinadas e de pequeno número,
E quiçá, para sistemas de grande dimensão,
Informa e orienta substantivamente.
A procura pelas formas invariantes de toda mente possível.
Há que salientarem-se, ainda, partes da Engenharia,
Como a Teoria de Controles e a Teoria da Informação e Detecção.
A Biologia, com suas noções de evolução, adaptação e
Comparação entre estratégias,das estruturas vivas,
Culminando no Sistema Nervoso Central do Homem,
Que revela a intimidade, através das Neurociências,
Das instâncias de implementação da mente.
Lista pretensiosa, alheia à parcimônia: delírio totalizante.
Mas ainda tão pequena perto do que é muito grande,
Do Universo, que pouco entendemos, mas que,
Se entendemos um pouco,
É graças a essa reunião anterior que subjaz à mente-cognitiva.
Entender o muito grande e o muito pequeno, unificando-os,
Se possível, significa, talvez, entender o meio do caminho que olha,
Descreve e prevê os outros dois extremos.
Estranho meio de caminho, esse que fala dos extremos,
E não é nem um, nem outro, nem a metade,
Mas pura reflexão, criação, repetição, aprendizado,
Decaimento e evolução.
Mente-cognição é tão-somente o meio
Que modela qualquer outro extremo,
Entre o grande e o pequeno; é de média estatura,
Mas tudo compreende,
Ou às vezes nem o essencial.
Poesia adaptada da obra:
Estudos Avançados – Complexos e Complexidade.
Henrique Schutzer Del Nero.
Estud. av. vol.8 no. 20 São Paulo Jan./Abr. 1994
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141994000100015