Manchas Monocromáticas
Andando sob essas paredes estáticas,
Serpeiam por entre estas largas vielas
Manchas sujas surgem monocromáticas
Entram pelas largas frestas das janelas!
Tem odores e talvez até perfumes
De algumas essências tão aromáticas
Luzes negras que em seus lumes,
Apenas as manchas monocromáticas
Sempre disformes então aparecem,
Entre as minhas ilusões enigmáticas,
Do nada se formam, assim crescem
As machas negras monocromáticas!
Parecem as vírgulas das gramáticas,
Perseguem-me com suas psicoses,
São manchas! Tão monocromáticas
Das minhas bruxuleantes neuroses!