Setembro é Mulher
Setembro virá nos raios da primavera,
como um presente de fim de inverno,
nas orquídeas com seus flertes coloridos,
resposta de pólen e visitas de abelhas.
Trará um céu ameno, perfume obsceno,
para se tocar no pescoço, num colar,
de flores em cores, rubis e esmeraldas,
opalas e os cristais do fim de tarde.
Setembro virá nos parques e portos,
nos olhares não mortos, na pele macia,
no baile da ventania, dançando o verde,
folhas e galhos, na magia da vida nova.
Trará um pigarro de garganta seca,
na quarta estrofe a palavra vazia,
poesia tratada como luxuosa vadia,
feliz tempo a que ninguém pertence.
Setembro virá nos sabores perdidos,
licores bebidos nos bares de esquina,
candura dos malditos, ritual e divina,
forma feminina de setembro chegar.
Setembro virá nos raios da primavera,
como um presente de fim de inverno,
nas orquídeas com seus flertes coloridos,
resposta de pólen e visitas de abelhas.
Trará um céu ameno, perfume obsceno,
para se tocar no pescoço, num colar,
de flores em cores, rubis e esmeraldas,
opalas e os cristais do fim de tarde.
Setembro virá nos parques e portos,
nos olhares não mortos, na pele macia,
no baile da ventania, dançando o verde,
folhas e galhos, na magia da vida nova.
Trará um pigarro de garganta seca,
na quarta estrofe a palavra vazia,
poesia tratada como luxuosa vadia,
feliz tempo a que ninguém pertence.
Setembro virá nos sabores perdidos,
licores bebidos nos bares de esquina,
candura dos malditos, ritual e divina,
forma feminina de setembro chegar.