Esclarecido
Não sou poeta do agrado
Das flores e dos
Fáceis, sou poeta
Dos miseráveis,
Dos malandros, da corriola
Da madrugada, dos dementes,
Dos que vomitaram a esperança
E viu o absurdo que é viver...
Pra esses caras sem corrimão,
Sem anda mais a perder, eu
Escrevo...pois a minha arte
É a arte de um demônio esclarecido...