na branca folha do papel

Estia-se de vento a vida

Suja-se de humos as águas

Cristalinas. Estia-se de chuva

A terra seca, entorpecida...

É necessária coragem

Abrir-se á tempestade

E ao barco inseguro

À quebra do farol, e

O cavar do cinzel...

E a infância, ainda em grades

Vislumbra um porto seguro

Na branca folha de papel...