Temores

Não, não temerei,

a morte como final,

Só temerei,

a sorte como sinal,

Não, não temerei,

deixar a porta aberta,

Só temerei

não ouvir o grito de alerta,

Não, não temerei,

o sorriso que estampa

Só temerei

a lágrima não vertida

Não, não temerei,

a dor que me alucina

Só temerei

o ferida que não cicatriza

Não, não temerei,

a flor que despetala

Só temerei

o espinho que lanceta

Não, não temerei,

o passo em falso, a queda

Só temerei

o cadafalso da inércia, na recaída

Não, não temerei,

o amor que em paixão arrebata

Só temerei

o amor que em ódio se transforma.

AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 1-Set-2012.