Manhã na janela

Talheres de café da manhã tilintam nas cozinhas dos porões,
E, ao longo das guias já desgastadas da rua,
Atento às almas úmidas das criadas
Surgindo melancólicas nos portões.

Ondas marrons de neblina lançam-me
Rostos distorcidos da sarjeta,
E, à parte de alguém que passa com saias sujas,
Um sorriso a esmo que paira no ar,
E desaparece ao longo do nível dos telhados.




(tradução: Leandro Seribelli)