Primavera na janela
Lágrimas tristes puras de poesias
No telhado é a primavera a emoldurar
Paisagens retidas na retina tímidas
Que amanhecem úmidas cristalizadas
Que surta de efeitos em devaneios
Carentes de sono neste inverno
Temeroso ainda na janela.
A orquestra mantém o prelúdio
Manifesta-se a melancolia cativa
Do desespero silencio é o cântico aflitivo
O cantar do pranto é antigo
Em fluxos e refluxos de espasmos
Entre as partituras do tempo
Das feridas invisíveis no hoje.
IáraPacini