o capoeira do mato
O escuro baixou a guarda
Rendeu -se à memória nova
Eu era o capoeira do mato
Dava porrada a toda hora
Vai, morena desce a ladeira
Agora pode dançar, pode
Rebolar que o capoeira
Chegou...
E se alguém te tocar
Sua alminha machucar
Eu vou buscar no escuro
O capoeira do mato
Eu já fui um capoeira
Já briguei muito na rua
Já dei pernada e braçada
Dava pulo mortal e porrada;
E eu ainda tenho
Nesse corpo cansado
Aquele mesmo garoto:
“O capoeira do mato;’
e gosto da morena
que dança e rebola
na pista e que samba
na gafieira da vida;
eu sou capoeira,
o capoeira do mato
eu nunca morri
só parei por cansaço