VIOLINOS
Minha alma dá as mãos
aos acordes de “Bach”.
Juntos caminham sob cerejeiras floridas,
percorrem dourados trigais,
se perdem em labirintos canaviais,
voam das montanhas ao cais.
A melodia atrevida
dedilha em minha cintura
partituras, poemetos madrigais,
sussurra a meus ouvidos
sonatas surreais.
Enquanto ao olvido
a carne se entrega
e no vácuo se ajeita,
a alma rebelde a rejeita,
a voltar se nega...
Segue a bailar glamorosa
entre as estrelas de “Bach”.