MEDO

Amador Filho.

É noite! Escuridão imponente, tenebrosa!

Sinistra sombra desfila tão veloz,

Assustando-me nesta ocasião pavorosa,

Quando a solidão campeia tão atroz.

Mísero abandonado, nesta hora desastrosa,

Sinto a convulsão demoníaca de medo feroz,

Que sacode todo meu ser. Numa ação meticulosa,

Liberto-me deste tão terrível algoz;

Agora estou calmo, tranquilo, sereno,

Embora o momento seja demais pequeno,

Para controlar toda a grande emoção

Que deixa todo meu ser aniquilado,

Meu desejo e meu sonho sepultado,

Na cova rasa do desespero e desilusão.

Santa Luz, inverno de 2012.

Sertanejoretado
Enviado por Sertanejoretado em 30/08/2012
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T3856999
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