MEDO
Amador Filho.
É noite! Escuridão imponente, tenebrosa!
Sinistra sombra desfila tão veloz,
Assustando-me nesta ocasião pavorosa,
Quando a solidão campeia tão atroz.
Mísero abandonado, nesta hora desastrosa,
Sinto a convulsão demoníaca de medo feroz,
Que sacode todo meu ser. Numa ação meticulosa,
Liberto-me deste tão terrível algoz;
Agora estou calmo, tranquilo, sereno,
Embora o momento seja demais pequeno,
Para controlar toda a grande emoção
Que deixa todo meu ser aniquilado,
Meu desejo e meu sonho sepultado,
Na cova rasa do desespero e desilusão.
Santa Luz, inverno de 2012.