entrega
Ao estalar dos seus
Ombros de rio eu
Adentro à floresta
Escura e no derreter
De suas armas, eu me deito
No seu leito e assumo
E corro ao encontro
No verso certo, do verso
Curto e perfeito, desço
E exploro no entorno
Do seu corpo, palavras
Escondidas, acesas,
Abrasadas Que lhe cola
Na pele do poro indefeso...
E no escorrer do desejo
Do esfacelar do mistério
Degusto seu corpo nu
Sua alegria crua e seu
Agosto sem nome...
Nos olhos teus, a esperança
Me lembra o choro entorpecido
De se entregar ao mar....