o rito das palavras

Sua espátula é

O escuro broto

Da árvore verde

Seus seios aromas

Embrutecidos de

Solidão e estômago

Sua barriga é carne

De mercúrio vermelho

No mar de tristeza...

E seus braços, a fartura

De estalos no Tempo

A armação da casa e

E sintoma de uma dor...

E seus olhos

O reflexo da floresta

Erguida...e do breu

Brilhante e dos sons

Cristalizados em prata...

Sou incapaz de te descrever..

Mesmo assim, no rito

Das palavras te esquento

Bem bonita assim...