de música e de poesia 58
Vivo em um canto
de sussurros e pergaminhos,
um canto quadrado
equilibrado sobre um ladrilho.
Vivo em um canto empoeirado.
De porre em porre vem
encosto reclamar lugar.
Eu nem pisco. À suar.
Soam os baluartes de qualquer encanto
em meu canto de madeira.
Pois se canto
é de encanto, e se danço
é espreguiçadeira.