SAUDADES
O que minh’alma quer dizer,
Meu corpo não sabe interpretar,
E só me restaram papéis para descrever,
Como e porque te amar...
Não bastaram os olhares,
Nem tampouco os sorrisos,
Nem os beijos, milhares,
Disseram-lhe precisos...
Ah! Como é doce o acordar, o amanhã,
Aos poucos, sussurando teu nome, me levantar,
E depois passear... o café da manhã,
Pensando em novo sonhar...
Contar cada passo e marcar cada dia,
Carregando uma tristeza enorme,
Que se transforma em eterna folia,
Quando ouço-lhe dizer: Se conforme... Hoje é nosso novo dia...
E depois de me envolver,
Trocar carícias,
Voltar a sofrer,
Pois mais uma vez,,, O tempo nos venceu com suas malícias...
E novamente contar cada passo e marcar cada dia,
Carregando agora um motivo a mais para me alegrar,
Pois mesmo em saudades, que entristecer-me-ia,
Posso com toda certeza, cada vez mais, te amar...