O Valor do Meu Canudo (18/02/07)
P'ra não padecer na vida acadêmica
É preciso que se faça artes cênicas.
Tem que fazer caras e bocas sínicas!
Ouvir os títulos falarem alto
E esquecer que dentro da educação,
Às vezes, não há o termo evolução.
O conhecimento fica estagnado
Aos repetitivos textos de xerox
Dependentes químicos de botox.
E estudar significa construir,
Dentro do aspecto literal em pauta,
Correr atrás daquilo que lhe falta.
Tem tanta gente que faz fantasia
Sobre o que é ser um universitário
Digo-vos que é um caçador solitário.
Um ser que vaga pelos corredores
Abalrrotado de seres pensantes
Que entre burros e sábios, são mutantes
Que andam entre a loucura e o erudito.
P'ra não se perder na universidade
Há que usar o vigor da mocidade
P'ra não se tornar um ser pré-histórico.
Há de se usar da sensibilidade
P'ra vencer qualquer adversidade
E ser responsável p'ra cumprir prazos,
Ler textos em lugares inusitados
E entregar seus trabalhos digitados.
Evitar ao máximo trancamentos
Ou qualquer coisa que atrase o seu curso...
Quando der, durma! Durma como um urso.
Em todo recesso que houver hiberne,
Namore e viaje, mesmo que breve...
E vale o mesmo p'ra quando houver greve.
Mas masmo que lhe pareça difícil
Procure fazer algo produtivo
Neste meio de vida cansativo.
Não leve nenhum conceito consigo,
A menos que ele seja resistente
A tanta descoberta diferente.
Não discuta religião, política,
Futebol... Fuja de sociologia,
De filosofia e psicologia.
Matemática pode provar tudo
A Física prova tudo ao contrário,
Das Ciências o melhor é o agrário.
A História todo ano aumenta um pouco.
Medicina é difícil de fazer...
Biblioteconomia, de dizer.
É preciso saber de tudo um pouco,
Desde Letras p'ra saber escrever
À Geografia p'ra não se perder.
Tem que levar com muito bom-humor,
Mesmo que tenha jogo de cintura,
E com compromisso essa vida dura
P'ra não se perder nesta caminhada
Porque no fundo, vive-se isso tudo
P'ra no fim isso ser só um canudo.