AURORA
Sempre há um vento a me empurrar em tua oposta direção,
É tão estranho, tudo estar dando errado, até nos dias sem brisa,
Vem você em minha imaginação, vai ver que deve ser um carma?
Um pecado? Não tenho explicação;
Da espada forjada em fogo e brasa e de minha lança quebrada
Nada restou a não ser o silencio desse amor, ando sem proteção,
Meu escudo esta em manutenção, e pobre de mim que reviveu esse algoz, Que ha tanto tempo me deixou essa cicatriz;
Colho rosas amarelas que há muito semeei,
Odeio santos de barro,
Que expelem óleo pelos olhos
E tentam assim me ludibriar;
De pernas cruzadas e esperando a aurora
Fico a contemplar essa noite tenebrosa,
De alvorada reluzente procuro um ponto a me guiar,
Mas confundo o luar com teu olhar.