AURORA

Sempre há um vento a me empurrar em tua oposta direção,

É tão estranho, tudo estar dando errado, até nos dias sem brisa,

Vem você em minha imaginação, vai ver que deve ser um carma?

Um pecado? Não tenho explicação;

Da espada forjada em fogo e brasa e de minha lança quebrada

Nada restou a não ser o silencio desse amor, ando sem proteção,

Meu escudo esta em manutenção, e pobre de mim que reviveu esse algoz, Que ha tanto tempo me deixou essa cicatriz;

Colho rosas amarelas que há muito semeei,

Odeio santos de barro,

Que expelem óleo pelos olhos

E tentam assim me ludibriar;

De pernas cruzadas e esperando a aurora

Fico a contemplar essa noite tenebrosa,

De alvorada reluzente procuro um ponto a me guiar,

Mas confundo o luar com teu olhar.

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 29/08/2012
Código do texto: T3855880
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