O Sopro Redolente dos Elementais
Lufadas de um sudoeste
refrescante sopro divino
vindos das curvas do amanhã
trazendo pétalas de nuvens
e transformando minha alcova.
Vindos do leste, imponentes
os suaves sussurros da relva
e a melodia mágica do guardião
que entoo ao espelho transparente
onde eu me deparo com o universo.
Galáxias de mim, transbordando,
alagando de estrelas os pensamentos
e o refúgio estará sempre vazio
não preciso fugir do próprio ser
me encaro e batalho sangrento e sem pudor.
Agora somente o minuano em despedida
lavando a aura e a alma augusta e rútila
misturando meus cabelos e os sonhos
de um porvir sem pesadelos e temores
onde poderei envelhecer junto a caneta.
Sinto ainda essa olência angelical e balsâmica
e vejo ao longe o aceno de despedida dos elementais...