Navegando
Singrando pelos mares,
mares da vida.
Fortes ondas e
rochas submersas.
Imensos bancos de arreia,
quanto encalhar,
quanto esperar
a maré mudar.
Dias sem vento,
velas paradas
a cabeça desesperada
e o coração em disparada.
Vida de calmarias
e tempestades,
singro em teus mares
esperando não naufragar.
Quando finalmente
o casco rachar e água
da vida imundar-me,
que não seja na tempestade
e sim na calmaria, doce água que beberia.