Acácia
Mire seus olhos nos meus
Para indagar essa profana audácia
As rimas da minha amargura
Perambulam sem cura o nome acácia.
Quisera um sábio saber
Desvendar o porquê desse sentimento
A fala que outrora nos versos
Os fez de protestos que acusam um momento.
As vozes não querem sentir
Esquecer o que ouvi é minha oração
Os ventos que sopram rancor
Passaram pelo detector do meu coração.
E grita a fé e a amargura
A viagem à loucura, prestes a acontecer
O trauma, a pane, o envolvimento
Difícil tormento que quero entender.
O motivo é o simples, amigo
Depende do olhar de quem recebe a mão
O que estende e espera a troca
Contradiz a retórica, minha opção.
Dizer, fazer, escrever
Contendo um porquê, maior pertinácia
Entende, meu caro, a vontade
Tenho toda liberdade, de acusar acácia.