Por Quem Os Sinos Dobram
Quando se silenciar a castanhola
Na trincheira da obediência armada,
O sangue da guerra civil espanhola
Será a bestial bandeira hasteada
Tropas avançam por entre barreiras,
Ao som da ordem triunfante,
Destruição em massa nas fronteiras
Obediência cega ao comandante
Disparos massivos contra a milícia,
De rebeldes no confronto violento,
A inocência enterrada pela malícia
Do pesadelo real como tormento
Corpos mutilados entre os buracos,
Existências movidas pela demência,
Estilhaços de vidros, pequenos cacos
Inocentes aturdidos em violência
Toda nação mergulhada na atrocidade
De um combate sem vencedores,
Caminha para renascer da sociedade
Movida por apreensões e temores!
Destruição entre as ruas e vielas,
É o renascimento da sua revolução,
Projéteis atravessando as janelas,
Derrubando-te frio e inerte ao chão!