Out the france!

Olheiras de oligarquias afrontam sentidos,

Despachos da cartáse sem providência,

Malogros engendrados por ocasião, sem tato,

Busca a referência em outrem para divagar,

Troca por interesse de momento, conveniência,

Talvez, não mais querendo, mas sem saber dizer não,

O sim mais enroscado que a goela imagine,

Travessas perdidas, travessias atrasadas, fandangos,

Panos aparentes para adjacências perversas,

Sempre a preocupar o olhar mais oculto que entrega,

Como se todas as contas fossem pagas de imediato,

Fato mais calado, retrato mais puído, sobram esperas,

Sobram apenas sobras & descaminhos tortuosos,

O medo que aflora pelo medo que pouco se importa,

Novas cantigas para risos ainda mais aparentes,

Todos os dentes balançam ao sabor de soluços,

Soluções em fuga repentinas, novos esconderijos,

O tapa sem mão que a face mais se ressente,

Cala também o olhar pela noite que mal se aproxima,

Mais sobras largadas em um canto qualquer,

A mão que ajuda, nem sempre sente a recíproca,

Mais lamentam, do que bem fazem, escondem sob rugas,

Todas as dobras de meias-verdades, subterfúgios,

Acende a chamada mais próxima, distrações desiguais,

Nacos de dores pelo recanto que sobrou novas esperas,

Nada terá pela próxima noite sem convite, sem notas,

Apenas na necessidade vem um sorriso bater na porta,

Nada é suficiente para quem mal se segura nas pernas,

Que mal poupa os recursos que lhe advém,

Sobram mais pedidos, mais & mais, a cada dia,

Perdição para contas incalculáveis de pronto,

O que falseia a pedra no caminho sem esmero,

Apenas fica a dar mais voltas no mesmo eixo,

Por desleixo ou inaptidão, derivando pelas sombras,

Até que outra porta lhe sobre pela cara...

Arde a impaciência para quem somente espera!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 18/02/2007
Reeditado em 01/03/2007
Código do texto: T385246
Classificação de conteúdo: seguro