Eu não queria que fosse assim,
Mas as palavras que brotam em poemas
Daqui de dentro deste inabalável peito
Destoam, desafiam, desafinam, ferem,
Arrancam do fundo os restos de silêncio
E me deixam suspenso num intenso redemoinho,
Perdido e sozinho entre a vida e a morte...
E as palavras são poesia que morre,
Só renasce no alheio de quem a toma.
Distração, descuido, a palavra assombra,
Transtorna, transforma, transporta.
São sentimentos de que não mais se conta
São restos de tanta emoção que já é morta.
E a palavra era luz de poesia luminosa
Outrora majestosa, inda agora opaca,
Parca, porca, torta, farta, morta, morta!
Translúcida é a beleza que não sabemos
Escura é a paz que não temos, não queremos
E se não cremos, não aprendemos, oremos:
Que a pouca poesia da vida nós já perdemos!
Mas as palavras que brotam em poemas
Daqui de dentro deste inabalável peito
Destoam, desafiam, desafinam, ferem,
Arrancam do fundo os restos de silêncio
E me deixam suspenso num intenso redemoinho,
Perdido e sozinho entre a vida e a morte...
E as palavras são poesia que morre,
Só renasce no alheio de quem a toma.
Distração, descuido, a palavra assombra,
Transtorna, transforma, transporta.
São sentimentos de que não mais se conta
São restos de tanta emoção que já é morta.
E a palavra era luz de poesia luminosa
Outrora majestosa, inda agora opaca,
Parca, porca, torta, farta, morta, morta!
Translúcida é a beleza que não sabemos
Escura é a paz que não temos, não queremos
E se não cremos, não aprendemos, oremos:
Que a pouca poesia da vida nós já perdemos!