Poesia. A alma.
Poesia. A Alma.
Poesia de Honorato Ribeiro.
Ó minha alma!
Por que estás triste?
Tu não vês que sou carnal?
E que sou também mortal?
Que sou de carne e osso
e acabarei na horizontal?
Ó minha alma!
Por que não falas comigo?
Por que não posso te ver?
O que eu fiz contigo?
Pra ficar tão triste assim?
Ó minha alma!
Por que tu és intocável
Não sabes que sou visível?
E tu, ó minha alma!
Por que és tão sensível?
O que te fiz que não te agradaste!?
Ó minha alma!
Eu tenho sede de te amar,
mas não sei amar quem não vejo,
que eu possa tocar e beijar.
Eu sou vivente vulnerável.
Sem ti acabarei na horizontal.
Que pena, ó minha alma,
eu não te fazer feliz!
Sem ti não posso viver.
hagaribeiro.