Poesia. A alma.

Poesia. A Alma.

Poesia de Honorato Ribeiro.

Ó minha alma!

Por que estás triste?

Tu não vês que sou carnal?

E que sou também mortal?

Que sou de carne e osso

e acabarei na horizontal?

Ó minha alma!

Por que não falas comigo?

Por que não posso te ver?

O que eu fiz contigo?

Pra ficar tão triste assim?

Ó minha alma!

Por que tu és intocável

Não sabes que sou visível?

E tu, ó minha alma!

Por que és tão sensível?

O que te fiz que não te agradaste!?

Ó minha alma!

Eu tenho sede de te amar,

mas não sei amar quem não vejo,

que eu possa tocar e beijar.

Eu sou vivente vulnerável.

Sem ti acabarei na horizontal.

Que pena, ó minha alma,

eu não te fazer feliz!

Sem ti não posso viver.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 27/08/2012
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